Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir situação na Síria.
Encontro deveria começar hoje à noite ainda, pelo horário de Brasília. Rússia pediu a reunião após ataque da coalizão liderada pelos EUA contra tropas sírias. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste sábado (17/09) que 62 soldados das forças do presidente Bashar al-Assad foram mortos num ataque aéreo da coalizão liderada pelos Estados Unidos que atingiu uma base militar em Deir al-Zor, no leste da Síria. O regime sírio também denunciou o ataque.
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O Conselho de Segurança da ONU se reunirá neste sábado à noite (17) para discutir os ataques da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra posições militares sírias, informaram diplomatas. A Rússia acusa os EUA de estar defendendo terroristas do EI-Estado Islâmico
Fontes: http://g1.globo.com – https://www.rt.com
A Rússia havia pedido a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU depois dos ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos EUA contra tropas sírias perto de Deir al-Zor.
A porta-voz Maria Zakharova disse que os ataques teriam provocado a morte de 62 soldados sírios. “Vamos exigir de Washington explicações completas e muito detalhadas que deverão ser expostas ao Conselho de Segurança da ONU”, afirmou Zakharova.
Segundo a porta-voz, a Rússia se mostrou “muito preocupada” com esses bombardeios que “atingiram diretamente o exército sírio que combatia os contingentes do grupo terrorista EI”.
“Esses ataques colocam em risco tudo o que foi conquistado até agora pela comunidade internacional”, pelo Grupo Internacional de Apoio à Síria, por Moscou e por Washington, padrinhos do processo de paz na Síria, afirmou Zakharova.
Ainda neste sábado, o Pentágono admitiu que é “possível” que bombardeio da coalizão internacional tenha atingidos membros e veículos do Exército do governo sírio na cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria.
Em comunicado, o Pentágono afirmou que as forças da coalizão internacional acreditavam ter atingido uma posição de um grupo de militantes do Estado Islâmico (EI) que estavam acompanhando durante “uma quantidade significativa de tempo”.
No entanto o Pentágono disse que o Ministério da Defesa da Rússia advertiu que era “possível” que soldados e veículos que estavam sendo bombardeados fizessem parte das forças do regime sírio e a coalizão internacional decidiu interromper o ataque.
“O ataque aéreo foi interrompido imediatamente quando funcionários da coalizão foram informados pelas autoridades russas que era possível que pessoal e veículos postos no alvo fossem parte do Exército sírio”, informou o Pentágono em comunicado.
Na nota, o Pentágono garantiu que as forças da coalizão internacional “não atacariam intencionalmente uma unidade militar Síria” e se desculpou, lembrando que a Síria vive “uma complexa situação com várias forças militares e milícias operando em proximidade”.
“A coalizão revisará este ataque e as circunstâncias que o rodeiam para ver se pode aprender alguma lição”, concluiu o texto. O Pentágono não informou sobre o número de possíveis mortos ou feridos como resultado do bombardeio.
O chefe da Direção de Serviços de Comunicação do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, afirmou que o bombardeio da coalizão nas proximidades do Aeroporto de Deir al-Zor causou a morte de mais de 60 membros das forças do regime sírio.
Citando fontes militares dentro do aeroporto, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, por sua vez, informou que pelo menos 30 membros das forças do regime sírio morreram no bombardeio, que aconteceu no penúltimo dia do cessar-fogo acertado entre EUA e Rússia.
Segundo os militares russos, a base estava cercada por combatentes do grupo jihadista “Estado Islâmico”, que puderam avançar por causa do ataque e intervenção norte americana. Outros cem soldados do governo sírio ficaram feridos no ataque, conduzido por aeronaves que vieram da fronteira com o Iraque, afirmou o Ministério russo da Defesa.
Desde esta segunda-feira vigorava um cessar-fogo na Síria, acertado pelos Estados Unidos e pela Rússia. A trégua se mantém apesar de inúmeros relatos, de ambos os lados, de que ela estaria sendo desrespeitada.
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