Thierry Meyssan foi o primeiro a demonstrar a impossibilidade da versão oficial efetuada pelos EUA dos atentados do 11 de Setembro ao World Trade Center, e a concluir sobre eles quanto a uma modificação profunda da natureza e da política do regime norte-americano.
Enquanto a maioria dos leitores continua a se emocionar com o registro desse dia ele seguiu o seu caminho, e comprometeu-se a lutar contra o imperialismo no Líbano, na Líbia e agora na Síria. Ele reaprecia aqui esse dia de loucos e da insanidade que tomou conta do planeta.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
New York, atentado de 11 de setembro às torres gêmeas do World Trade Center, a cegueira ainda persiste …
Fonte: REDE VOLTAIRE | DAMASCO (SÍRIA)
Os trágicos eventos do 11 de Setembro de 2001, permanecem gravados na memória colectiva de acordo com a moldagem feita pelos meios de comunicação: ataques (terroristas !!) monstruosos atingiram Nova Iorque e Washington. Mas, a jogada de poder que mudou profundamente o mundo, naquele dia, está ainda escondida.
Por volta das 10 horas da manhã , quando os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono já haviam ocorrido, o conselheiro de anti-terrorismo da Casa Branca, Richard Clarke, lançou o programa de «continuidade do governo».
Este programa visa substituir o Executivo e o Legislativo, em caso de destruição, no caso de uma guerra nuclear. Não havia nenhum motivo para ser implementado o programa naquele dia. Ora, desde logo, o presidente George W. Bush foi removido das suas funções em favor de um governo militar.
Durante todo esse dia, os membros do Congresso, e as suas equipes, foram levados pelo Poder militar e colocados sob custódia em dois bunkers seguros, localizados na proximidade de Washington, no complexo Greenbrier (Virgínia Ocidental) e em Mount Weather (Virginia).
Só tendo sido o poder devolvido, pelos militares, aos civis no final do dia, e o presidente Bush só tendo podido dirigir-se aos seus concidadãos pela televisão cerca das 20 horas.
Durante este dia, o ex-presidente George W. Bush vagueou pelo país. Em duas bases militares por onde passou, ele exigiu atravessar a pista num blindado, temendo ser morto por um dos seus soldados. O presidente Vladimir Putin que procurou, durante todo o dia, entrar em contato com ele por telefone, para evitar mal-entendidos e acusações contra a Rússia, não o conseguiu sequer.
Pelas 16 horas, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, apareceu na televisão para dizer aos Norte-Americanos que os israelitas há muito conheciam os horrores do terrorismo e compartilhavam a sua dor. Na ocasião, ele anunciou que os atentados tinham acabado, o que ele não poderia saber sem estar neles comprometido.
Nós podemos discutir, eternamente, as incoerências da versão oficial destes atentados, mas não há lugar para discussão quanto a este fato: o programa de continuidade do Governo foi ativado sem razão. Em qualquer país a remoção do presidente, e a detenção de parlamentares, por parte do exército tem um nome: é um golpe de Estado militar.
Pode-se objectar que o presidente Bush retomou o seu cargo no final do dia. Ora, era isto precisamente o que aconselhava o neo-conservador judeu-americano Edward Luttwak no seu livro Manual do golpe de Estado. Segundo ele, um golpe de Estado bem executado é aquele do qual ninguém toma consciência, porque mantêm no poder aqueles que o exercem mas lhes impõe uma nova orientação política.
Neste dia foi validado o princípio do estado de emergência permanente, nos Estados Unidos. O que foi logo traduzido na prática, em ação, com o Patriot Act dos EUA (Lei de defesa Patriótica). E, foi igualmente validado o princípio das guerras imperialistas. Foi oficialmente confirmado pelo presidente Bush, alguns dias depois, em Camp David: os Estados Unidos deveriam atacar o Afeganistão, o Iraque, a Líbia, a Síria via Líbano, o Sudão e a Somália, e por fim o IRÃ.
Até o momento, apenas metade deste programa foi realizado. O presidente Obama anunciou ontem à noite que o iria continuar na Síria.
A maior parte dos aliados dos Estados Unidos recusaram-se, há 14 anos atrás, a encarar a evidência, e privaram-se assim de prever a política de Washington. Se apenas se pode julgar a verdade com o tempo, estes 14 anos foram certeiros: tudo o que foi anunciado — e que os meus críticos qualificaram de «anti-americanismo»— aconteceu. E, por exemplo, eles ficaram estupefatos quando a OTAN se apoiou na Al- Qaida para derrubar a Jamahariya árabe na Líbia.
Eu sinto-me orgulhoso por ter alertado o mundo para este golpe, e para as guerras que se lhe iriam seguir, mas triste por ver que a opinião pública ocidental está perdida numa discussão quanto à impossibilidade, material, da versão oficial.
Chamo a atenção, no entanto, que certos elementos desse dia ainda permanecem escondidos, tais como o incêndio que destruiu os escritórios do Edifício Eisenhower, o anexo da Casa Branca, ou ainda o míssil registrado pela televisão de Nova Iorque disparado diante do World Trade Center.
A guerra continua a destruir o mundo muçulmano, enquanto os ocidentais, decididamente cegos, prosseguem os seus debates sobre o colapso das torres gêmeas do WTC em New York.
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