Um novo ciberataque em grande escala para roubar moeda virtual afeta centenas de milhares de computadores em todo o mundo nesta quarta-feira (17), de acordo com especialistas em segurança cibernética.
O alcance do vírus Adylkuzz ainda é desconhecido, mas centenas de milhares de aparelhos podem ter sido infectados, segundo empresa de segurança.
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Novo ciberataque em grande escala afeta computadores nesta quarta, dizem especialistas. Alcance do vírus Adylkuzz ainda é desconhecido, mas centenas de milhares de aparelhos podem ter sido infectados, segundo empresa de segurança.
Após o ataque de sexta (12), especialistas descobriram um novo ataque vinculado ao vírus Wannacry, chamado Adylkuzz. “Utiliza com mais discrição e para diferentes propósitos ferramentas de pirataria recentemente reveladas pela NSA e a vulnerabilidade agora corrigida pela Microsoft”, afirmou o pesquisador Nicolas Godier, especialista em segurança cibernética da Proofpoint.
“Ainda desconhecemos o alcance, mas centenas de milhares de computadores podem ter sido infectados”, disse à AFP Robert Holmes, da Proofpoint, o que indica que o ataque é “muito maior” que o WannaCry.
Moeda virtual
Concretamente, este malware se instala em equipamentos acessíveis através da mesma vulnerabilidade do Windows utilizada pelo WannaCry, uma falha já detectada pela NSA (National Security Agency-Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), que vazou na internet em abril. O malware cria, de forma invisível, unidades de uma moeda virtual não localizável chamada Monero, comparável ao Bitcoin. Os dados que permitem utilizar este dinheiro são extraídos e enviados a endereços criptografados.
Para os usuários, “os sintomas do ataque incluem sobretudo uma performance mais lenta do aparelho”, afirma a Proofpoint em um blog. A empresa detectou alguns computadores que pagaram o equivalente a milhares de dólares sem o conhecimento de seus usuários.
De acordo com Robert Holmes, “já aconteceram ataques deste tipo, com programas que criam moeda criptográfica, mas nunca nesta escala”. O WannaCry afetou mais de 300 mil computadores em 150 países, de acordo com Tom Bossert, conselheiro de Segurança Interna do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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